segunda-feira, 17 de novembro de 2008


-Precisamos conversar Apolo.
-Nem precisa falar nada.
-NÃO?
-Não eu já sei de tudo.
-Eu posso explicar.
-Então explica.
- E-eu sei que não tenho o direito de fazer ninguém sofrer e...
-Vamos direto ao ponto... Meu amor.
Luiza chora desesperadamente, ela percebe frieza no olhar de Apolo.
-E-eu não consigo.
-Pietro.
-O que?
-É isso mesmo que você ouviu. Pietro.
Os dois ficaram quietos, só se ouvia os sussurros de Luiza. Medo misturado com arrependimento. Apolo quebrou o silêncio.
-Você pensa que eu sou idiota. Por que se casou comigo se não é a mim que amas?
-Mas eu te amo
-Ama nada, se me amasse não me faria sofrer. Será que... Luiza você jogou fora todos esses anos que passamos juntos.
-Como assim eu joguei fora?
-Acha que ainda quero viver uma vida ao seu lado? Uma pessoa que mentiu pra mim esse tempo todo?
-Mas Apolo...
-Mas nada Luiza.
Apolo sai, vai dar uma volta para espairecer um pouco. Luiza fica em casa não liga pra ninguém como sempre faz, não procurou ajuda só consegue pensar na burrada que cometeu.
Por volta das 20h Apolo volta para casa.
-Apolo. Vamos conversar.
-Conversar?
-Sim, precisamos conversar.
- Ah, você está vendo só do jeito que eu fiquei e que tudo ficou Luiza?
-Me perdoa Apolo, por favor!
-Luiza.
-A nossa casa, nossas coisas, tudo tem nosso jeito, nosso cheiro. Por favor. Me abrace simplesmente, não fale, não lembre,não chore, só me abrace.
-Luiza não dá, eu te amo mas você me enganou. Disse me amar esse tempo todo sendo que sua cabeça está em outro.
-Não é bem assim.
-ENTÃO É COMO?
-Amor, pensa em todos esses anos que ficamos juntos, nesses meses de casamento.
-Você pensou nisso quando foi se jogar nos braços de Pietro?
-Você fala como se eu tivesse te traido.
-E não?
-Não.
-Traição não é só quando dois lábios se encontram. Não é isso que você sempre diz?
-Você está sendo muito radical.
-Às vezes é preciso ser radical e às vezes não é ser radical, é apenas enchergar a realidade de uma forma que nem todos tem coragem de enchergar.
-Você está usando minhas palavras contra mim.
-Foi isso que aprendi com você. Sai da minha vida.
-Não Apolo. A gente pode virar o jogo. Vamos conversar.
- Seus olhos vivem dizendo o que você teima em querer esconder.
-PÁRA APOLO. Eu te amo.
- Não precisa iludir nem fingir e nem chorar. Não precisa dizer o que eu não quero escutar.
-Pára de cantar as músicas que um dia eu cantei, de dizer palavras que um dia eu disse.
-Se é por falta de adeus não precisa mais ficar.

8 comentários:

Rodrigo Ribeiro disse...

Triste fim...

Ellen Regina - facetasdemim disse...

quando escrevi meu primeiro romance a parte em que mais sentia dificuldades era, sem sombra de dúvidas, os diálogos! Achava dificílimo construir frases com a mesma fluidez de uma conversa...

Pelo visto não fui só eu, srsrs. Percebo em vc a mesma dificuldade com a entonação, pontuação e tudo o mais, srsrs.

Mas fora essa 'pedra no sapato de todos nós', :), o texto ficou interessante!

wallis disse...

Uaauuu!
Se Liga!!! To adorando esse blog!
Tipow assim, nunca me diverti tanto lendo! rsrsrsrsr

Você é uma menina muito criativa e inteligente Gra!
Mais uma vez Parabéns
Beijos

Carlos Eduardo disse...

Gostei.






http://putoanonimo.blogspot.com

Marco Antonio Araujo disse...

Sabe, várias imagens passaram pela minha cabeça. Fui capaz de sentir o que cada um estava sentindo na hora...

Papagaio [BFR] disse...

Li alguns postes do blog, e eu gostei xD

ArchNovation disse...

Krak...
Foi vc que escreveu isso??
Ficou muito dez....
Criatividade excelente.....
Parabéns......XD
........
Bem legal o blog......
........
Disse que ia voltar depois pra ver o video e dizer o que achou e até agora nada né.....rsrsrs
=P
.....
Bjo pra ti...
.......

Fabio Thiago disse...

muito bom fiquei curioso pra saber o que ia acontecer!

muito bom seu blog

gostei mtão