segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Necessidades.


Faz um tempo que venho acordando de cabeça para baixo, ando confundindo os braços com as pernas. O nariz com a boca, confundindo o preto com o branco. Passo por um momento em que o vazio se apropriou de mim, não sei sentir, não sei o que sentir. Olho ao meu redor e vejo a beleza que o silêncio me traz. Vejo a incerteza do amor reinar sobre mim. Observo as coisas como realmente são, e me dói na alma. Então eu grito, eu corro, eu peço por socorro, mas ninguém dá atenção. E é nessas horas em que vejo que sou meu refúgio, sou meu amparo, sou meu melhor amigo. E 'se entregar é bobagem', percebo que o vazio pode ser um aliado para as noites de solidão, ele me leva a um estado de loucura, onde perco o medo de mim mesma, já não temo o que pensas, surgem-me belas reflexões... E agora posso quase afirmar que em determinados  momentos da vida, é necessário 'estar' de cabeça para baixo, é necessário ser louco, é necessário não temer, não se esconder, é necessário encarar as coisas como realmente são, é necessário confiarmos em nós mesmos, dar espaço para o vazio, para que o vazio nos dê espaço. Por fim, sinto que nesse instante tenho a necessidade de viver, e de fazer o que já devia ter feito.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Como tem que ser.


Às vezes em determinados momentos de nossas vidas, fugimos de certas situações, por fragilidade, por medo e até mesmo por distração. Mas depois do ocorrido nos torturamos, nos perguntando ‘porque não encarei?’ ‘porque deixei o medo falar mais alto?’, perguntas que de fato sempre nos fazemos, mas com o passar do tempo as perguntas somem de nossa mente e se vão sem respostas.
Em outros casos, fugimos intencionalmente de algumas situações, mas não por medo, e sim por achar que isso é o melhor, então corremos contra o tempo, estamos decididos a fugir, e quando achamos que conseguimos, vem o destino, nos pega pelo braço, e sem pedir permissão nos força a viver aquela situação que não queríamos ás vezes isso não altera em nada, às vezes nos faz bem, outras vezes nos fazem muito mal, e sofremos, choramos, gritamos, continuamos a nos culpar por não ter fugido, esquecemos que não tivemos escolhas, esquecemos do amigo destino, que às vezes é de fato nosso amigo, no entanto, às vezes se mostra como nosso pior ‘inimigo’. E volto a pensar que tudo na nossa vida é como tem que ser, nada acontece se não é para acontecer. Sim, acredito que temos escolhas, mas que também temos o destino que não nos deixa fugir, que há situações que inevitavelmente temos que viver. Não porque queremos, mas porque somos colocados, jogados, para que possamos aprender a lidar com toda e qualquer situação que nos encontramos no decorrer dessa longa caminhada pela vida.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Incômodo sonho


Um belo sonho. Ele pedia para eu falar, queria ouvir logo o que tinha a dizer, ele sorria para mim, ele esperava por mim, e me dava um forte abraço, pude senti-lo como se fosse real. Acordo e vem logo à certeza de que o dia não seria fácil, surge um sentimento de culpa, se estende sobre mim incertezas, e logo me pergunto por que os sonhos não são reais.Mais tarde, ao olhá-lo, surge um certo incomodo, a angústia, o medo do que pensas de mim. Não, hoje não pude olhar-te nos olhos. Senti medo de perder o que não tenho. Há certas coisas que só acontecem em sonhos, mas amanhã é outro dia, e tudo ficará bem.

Mais sobre mim.


O que veio por vir, que chegou sem pedir permissão é o que eu chamo de ‘Sentimento novo’, algo desconhecido, onde  de fato tenho o controle da situação. A mistura de liberdade com repreensão. Eu me libero a viver, e me repreendo a amar. Sei o que quero, e onde quero chegar. Tenho amores, paixões e desilusões, não deixo me afetar. Às vezes a tristeza bate na porta e educadamente, pergunta se pode entrar, logo digo que não, aqui ela não tem espaço. Minha vida em poucos dias se transforma em um filme, onde sou a protagonista, e faço questão de gravar tudo, para que depois eu possa me martirizar com meus erros, orgulhar-me dos meus acertos, e depois de alguns tormentos, possa comemorar meu sucesso. 

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Apenas uma pergunta.


O dia parece passar tão rápido quando se acorda ás 14h. Então, começo agora, coisas para fazer, preguiça... Acordo pensativa, penso nos estudos, penso que tenho que arranjar um emprego, penso nos amigos, penso nos problemas, e logo penso nos amores. Vejo a história de vida de algumas pessoas e me identifico, ou não. Percebo a tendência que tenho a ser uma pessoa fútil, e me deparo com a solidão querendo chegar. A chuva pela manhã me fez sentir o cheiro de um tempo que hesitei em viver. E, em meio a pensamentos, tormentos, me vem uma pergunta que temo em fazer, qual é o sentido de amar?  

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Parece tédio.

Feriado, sol, sombra e nada de praia. A louça suja, e a bagunça da cama demonstram minha preguiça constante. A espera por algo ao olhar o celular, e a agonia que insiste em não passar. A música que ouço parece querer mostrar o caminho que devo seguir, e a felicidade das pessoas na rua me sugerem algo. As lembranças voltam, e não sinto dor. A saudade bate, mas, que saudade boa. Ouço gritos, e o sol entra querendo dizer que estou viva, e que não a nada a fazer, a não ser viver. Lembro dos amigos, dos amores, da família, do velho da esquina, e não me esqueço de agradecer. E por fim, desejo um bom feriado a todos.


domingo, 6 de setembro de 2009

Algo sobre mim.


Eu passei a semana inteira de pijama e observando como a minha vida é boa,
Passei a semana inteira lamentando por não ter o que fazer.
Passei a semana procurando algo meu, no outro,
Passei a semana em meio a pensamentos paralelos e desilusões,
escutando o mesmo livro e lendo as mesmas músicas.