quinta-feira, 12 de junho de 2008




Pietro coloca Luiza dentro do carro, e a leva para um lugar bem longe dali, onde costumavam ir quando namoravam.

-Nossa como está diferente
-É muita coisa mudou, o parque, nós dois ...
-Pietro, pára com isso, tudo mudou, nada mais importa
-Pra você não importa. Olha no que você se tornou, que frieza, aquele crápula não te fez nada bem
-Fez sim, ele estava ao meu lado quando eu adoeci, quando eu precisei de um ombro pra chorar, estava ao meu lado nos finais de semana chuvosos, e estava ao meu lado também, quando você me trocava pelos seus amigos
-Você me traiu com ele Luiza?
-Histórias de Maria Antônia? Claro que não seu tolo, eu nunca faria isso com você. Pena que não posso dizer o mesmo
-Nunca mais repita isso
-É que sei lá Pie
-Pie?
-Desculpe-me, força do hábito
-Há tanto tempo não ouço alguém me chamar de Pie
-Está tarde, melhor eu ir embora
-Fique mais um pouco, precisamos conversar
-Não temos nada pra conversar
-Luiza, eu sei que errei, errei também por ter me casado com Maria Antônia, mas ela estava grávida e eu não podia deixá-la. Seria covardia. Na mesma semana que ela perdeu o bebê você e Apolo romperam com o namoro
-O que você está querendo dizer com isso?
-Você sempre acreditou em sinais, destino, e quando isso aconteceu, eu passei a acreditar também, aquela era minha chance de te reconquistar, mas eu tive medo
-Tínhamos apenas brigado
-Era tempo o suficiente para correr atrás do tempo perdido meu amor
-Não me chame de “meu amor”
-Não seja tão dura, eu sei que você aind...
-Você não sabe de nada Pietro, você pensa que sabe, fantasia as coisas, assim como Sophia
-Se você não gosta de mim, está fazendo o que aqui?
-É... Eu vim pois estava desesperada, perdi a noção do que estava fazendo, em sã consciência eu jamais teria vindo.
-Luiza, Luiza, renegue seu ódio e venha comigo .

Luiza abaixou a cabeça, e olhou para Pietro chorando, ela ainda o amava, e muito, nunca amou daquela forma, e sabia que Pietro também sentia o mesmo, que o amor de ambos não havia morrido

-Você não me ama coisa nenhuma Pietro, só está dizendo isso por que eu estava bem, ia me casar com Apolo e viver feliz, ao contrário de você, que nunca amou Maria Antônia
-Como poderia viver feliz com Maria Antônia? Se é a você que amo.
-E só agora você percebeu isso?


Pietro está desesperado, ele teme que Luiza realmente não sinta mais nada além de ódio. Os dois ficaram calados por alguns minutos, até que começou a chover, Pietro levou Luiza para casa, e no caminho colocou algumas músicas para lembrá-la do passado.

-Chegamos, fica bem ta!
-Obrigada por tudo Pietro
-Volta pra mim?
-Boa noite
-Não me ignore
-Só estou evitando mais sofrimento, você sabe que nosso amor é impossível
-Você não quer nem tentar?
-Pra quê? Pra você me trocar por Maria Antônia novamente?
-Eu era imaturo, Luiza entenda isso
-Não, não, não, não...
-Você quer, eu sei que quer
-Pára, chega. Adeus Pietro
-Faça o que seu coração quer
-Agir com o coração é loucura
-Agir sem ele é querer sofrer. Até mais Luiza
-Some daqui. Espero não vê-lo novamente.
-É isso que realmente quer?
-Sim.

Um comentário:

wallis disse...

Nossa pobre Pietro, eu acho que ele vai acabar ficando louco!!!

A história se desenrola pouco a pouco, eu já consigo ver, qual é a idéia principal do texto!